Uma pergunta diante do brilhante documentário da Julia Duailib sobre o 8 de janeiro

Diante do brilhante documentário da Julia Duailib sobre o 8 de janeiro, faço uma observação naquilo que me compete: as telecomunicações. Quase todas as autoridades narraram ter usado o WhatsApp para coordenar a resistência a uma tentativa de golpe de estado.

Se a empresa que opera esse aplicativo ou uma outra soberania tivesse interrompido o serviço (o que pode ser feito com o ataque cibernético DDoS), será que o desfecho que tivemos teria sido mesmo? Domingo, ninguém em Brasília, ministros no exterior, políticos em suas bases eleitorais… se comunicariam como? Sabem (e tem) como fazê-lo sem WhatsApp e com segurança?

É aceitável que nosso governo seja gerido e coordenado por um serviço gratuito, não licitado, operado por uma empresa sediada noutro país e com servidores (computadores) noutra soberania?

Por: Thiago Ayub

Diretor de Tecnologia na Sage Networks

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